Nas noites de celulose meus olhos de cupim rastejam em fuga
O peso da luz na evidência cega das retinas borbulha em escuridão
A alvorada dos fótons
Tão mais escura do que o nome da cor
Venci a quitina e fecunda na carne crua um inseto
Um coração vermiforme pulsa no peito o altruísmo da colônia
Seus feromônios ardem, suor, amor, ódio, mais do que a si mesmo:
O peito seco na noite de celulose em chamas
A vida na revoada dos cristos
E as aleluias incrédulas do albor adormecem aladas...
A dor das estrelas ilumina o céu
Todos morrem
Porque nada
É tão belo o quanto a vida.
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