BUSCA
Pego o meu Sagarana e saio por ai
Busco nas Gerais o interior de minhas Minas
Meus passos de burrinho pedrês em rumos de toda sorte
Margeio os caminhos d’água no perigoso oficio do São Francisco
Água doce da fúria de 1979 corta o leito do meu vale:
De um lado, sou bom
D’outro sou eu mesmo
E é provável que eu exista na coincidência de que eu: Sou eu.
A hipótese da vida vencendo o fato do calvário
São vales onde eu não me entendo
São ecos onde eu não ressôo
Saio por ai
Meu Sagarana trama o fim deste coração também pedrês
O pé abolindo poeira no chão do Pontal
É a alforria das cores das coisas das opacas terras sesmeiras
...Pego o meu Sagarana.
Apenas a dor do outro reluz em mim.
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