Sua essência
Lavras minha realidade
Grassa sonhos
E mais nada.
Na eternidade dos segundos o tempo suicidou-se em mim.
A mão cala-se ao tatear o nada
Os pés pulsam com frenesi
Dentro do peito o silêncio se apaixona pela escuridão
O império cai feito o fruto podre de uma árvore nobre
Duetos entoando cânticos descompassados
Suspiros súbitos de um barítono burlesco e uma mezzo soprano epiléptica
É o fim!
A nos calar com a mesma boca atrevida que outrora blasfemou início.
A razão depravada
A superfície arrepiada da epiderme
Gozar que existo foi tão ridículo quanto a castidade dos padres.
Vesti o fogo com água para não me queimar e acabei me afogando.
Chorei sem lenço
Sorrisos alheios se ruborizavam no palco triste de minha face
Enquanto eu encenava "A vida é Bela"
As poesias que tão cuidadosamente tramei só para dizer que nunca fiz:
Nada.
Dei aos gatos plumagens vistosas para tirar o sossego dos pássaros
Calei os cachorros acorrentando a língua dos homens
Dei-me bem quando fiz o mal
...Odiei com luvas...
Dei-me mal quando fiz o bem
...Amei sem luvas...
Abracei com palavras
Beijei
Despi
Amei
Sustentei-me de palavras.
E nada mais.
Lavras minha realidade
Grassa sonhos
E mais nada.
Na eternidade dos segundos o tempo suicidou-se em mim.
A mão cala-se ao tatear o nada
Os pés pulsam com frenesi
Dentro do peito o silêncio se apaixona pela escuridão
O império cai feito o fruto podre de uma árvore nobre
Duetos entoando cânticos descompassados
Suspiros súbitos de um barítono burlesco e uma mezzo soprano epiléptica
É o fim!
A nos calar com a mesma boca atrevida que outrora blasfemou início.
A razão depravada
A superfície arrepiada da epiderme
Gozar que existo foi tão ridículo quanto a castidade dos padres.
Vesti o fogo com água para não me queimar e acabei me afogando.
Chorei sem lenço
Sorrisos alheios se ruborizavam no palco triste de minha face
Enquanto eu encenava "A vida é Bela"
As poesias que tão cuidadosamente tramei só para dizer que nunca fiz:
Nada.
Dei aos gatos plumagens vistosas para tirar o sossego dos pássaros
Calei os cachorros acorrentando a língua dos homens
Dei-me bem quando fiz o mal
...Odiei com luvas...
Dei-me mal quando fiz o bem
...Amei sem luvas...
Abracei com palavras
Beijei
Despi
Amei
Sustentei-me de palavras.
E nada mais.
2 comentários:
passei pra conhecer o blog...
descobri o endereço no site cultura ponte nova!
Eu ia citar "As poesias que tão cuidadosamente tramei só para dizer que nunca fiz:
Nada."/Por ter gostado,mas..percebi que todos os versos daqui por diante me chamaram atenção.
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